As vezes é mais simples do que parece
Me pergunto algumas vezes, o que ridiculariza tanto minha prece?
Nem peço tanto, nem faço escândalo
Peço o mínimo, um tratamento brando
Por que me enxerga como seu inimigo? Por que me provoca toda essa dor?
Por que arranca meus lábios, minha língua? Por que recusa o meu amor?
Por que me tortura dessa forma? Por que o que sangra em mim lhe faz rir?
A minha dor reflete o fim? O meu lamento lhe causa temor? Há alguma vontade em mim de existir?
Meu universo é tão pequeno e estúpido quando soa da sua boca
Sou tomado por aquela sensação e no momento, só peço que morra
Esse mundo tão bonito que é formado por suas palavras
Consegue ser um negro nada, vazio e frio quando por mim são traçadas
Me desconecto de mim, abandono o meu ego
Quando trata de você meu amor, a mim mesmo me renego
Me ofusco, me apago, em busca do seu abraço
Fujo, me rasgo, em busca do meu lar, o seu lado
É algo tão ridículo as vezes, o qual onde sou o maestro em ação
Essa orquestra esquelética, emética, em putrefação
Essas notas podres e patéticas, ecoam por minha mente e não param
Como duas estrelas em rapidez, formam a bela imagem quando se chocam
Suas frases feito de metal dilaceram a minha alma
Suas afirmações me acorrentam e me atam
O seu beijo posterior rasga minha pele e me cega feito raios
Eu lambi o sangue dos meus lábios
Eu não morro, eu vivo, eu não morro, eu revivo
Do fundo do poço, do fundo do chão, eu grito
Eu desapareço, eu apodreço, eu mereço
Minha garganta sangrando clama por respeito
Não sei onde estou, para onde vou, se estou. Apenas penso se continuarei em sua mente ou se me transformarei em poeira.