estou inspirado no nosso frenético passado.
me diz, estrela fervente, em que universo teria visto a mesma coisa que nós, há meses atrás?
pois eu te respondo, absolutamente nenhum, meu amor.
eu vi duas almas girarem entre um só eixo, numa velocidade espiral tão linda que formava um furacão de estrelas.
eu vi um casal vestido de forma fina e em cor de preto, que dançava uma música lenta dos anos ’50 em uma sala vermelha; completamente vermelha.
eu vi uma viagem ao centro energético do núcleo afetivo que me transmitia uma só vibração, a de paixão.
eu vi dois olhares mirados ao horizonte em sua divina forma que marcava o céu cor de laranja, juntos, que marcava em uma rubra cor, juntos.
eu vi a admiração de Deus ao seu filho pontuar sobre seu olhar passar uma galaxia de paz ao olhar para ela.
eu vi céus vermelhos, pontas prateadas, vi luzes natalinas em fevereiro, vi velocidade no ar e côcos cor de verde.
eu vi você. mulher, em sua forma.
eu vi você, menina, em sua lágrima.
eu vi você, morte, em sua tempestade.
eu vi você, anjo, em meu coração.
eu vi você, perfeita, em meu casamento.
eu vi você, nua, em meu perdão.
eu vi você, linda em um vestido branco, em meus poemas.
eu vi você.