O que fazer quando a ideia de futuro parece ser infixável? Quando essa angústia não tem fim e o auto reconhecimento diário falha? Como eu deveria reagir quando minha própria mente trabalha contra mim mesmo, o tempo todo, todo o tempo? O que eu preciso fazer para dar um ponto final nisso tudo?
Talvez você nunca tenha escutado, ou ouvido falar da minha boca o quão infindável é esse mofo que invade o meu conceito de pensamentos e impulsos que chamamos de mente. Talvez eu nunca deva ter te dito, de fato. Parece aqueles momentos em que me sento no escuro e falo sozinho comigo por mais de quarenta minutos.
Eu tenho um sensor, algo que nas minhas entranhas eu chamo de “o presságio”. A sensação que tudo está para acabar, de uma forma ou outra. A interrogação que rege e brada alto no fundo da minha mente. O inevitável.
O presságio é talvez o último assobio da felicidade mesclado da desesperança e racionalidade. É o anzol que fisga todas minhas interrogações e transformando em um ponto final, em um rasgo, sangrento.
É esses momentos em que mesmo tendo todo o meu sangue drenado, eu penso comigo mesmo “não estou preparado”. É nesses momentos em que eu devia dar um fim nisso tudo. Em mim principalmente.
Qual o poder que decide isso? A quem eu deveria orar nesses momentos? O que um dia, lá atrás, bateu o martelo e determinou que estou fadado a ter o ímpeto de baixar a minha cabeça quando ver o sangue cair da minha testa? Pelo o meu sofrimento, o que você ganha?
Você me ama?