“como uma estrela mãe, brilhante e grandiosa, com um campo gravitacional tão forte que obriga quem está a sua volta a girar eternamente. e não só isso, todos quem insistem nesse ciclo de 365 dias, precisam de você para não congelar, para continuar vivendo.”
e se você ouvisse que o sol está morrendo, acreditaria?
de fato, o sol que conhecemos um dia irá morrer mesmo, ficará vermelho e como seu próprio ego irá inflar e engolir todos a sua volta.
depois, explodir e mostrar sua real forma, uma estrela densa e pequena, de cor branca.
o sol está morrendo, ao lavar suas mãos no escuro, você percebeu isso. ao sentar em frente ao mar, percebeu o quão frio a orla estava e que as ondas agora só dependem da lua.
o sol está morrendo, e ao notar a falta de sentido em seu giro, em seu ciclo, notou que entendia as nebulosas avermelhadas que mesmo de cor quente são congelantes.
o sol está morrendo, e ao sorrir uma última vez não percebeu que estava mais próximo dele do que nunca, as tempestades que fabricaram essa radiação atraente em seus olhos te farão falta.
o sol está morrendo, e parou de girar entre o universo, recusou as visitas, apagou sua luz de uma vez e assumiu que talvez não fosse o sol que todos conheciam como Sol.
o sol está morrendo, mas você não se importa, se importa?
se importasse, aproveitaria os últimos dias quentes ao lado da lua, aproveitaria as estrelas pálidas que formam constelações a sua esquerda e direita.
é noite, está frio, e só resta água em minha frente na escuridão de junho, quando o sol voltará?
não sei, mas ele irá voltar.